domingo, 31 de maio de 2009

O Melhor Amigo da Noiva

O Melhor Amigo da Noiva
(Made of Honor, 2008)


Direção: Paul Weiland
Gênero: Comédia/Romance
Duração: 101 minutos
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kadeem Hardison, Whitney Cummings.



Sinopse:

A história gira em torno de Tom (Patrick Dempsey) e Hannah (Michelle Monaghan), que mantém um amor platônico por mais de dez anos. Ele é um namorador inveterado, enquanto ela pensa em se casar. Quando ela finalmente anuncia seu casamento, ainda o convida para ser sua dama de honra. Tom, ainda que relutante, acaba aceitando apenas para colocar em prática seu plano de atrapalhar tudo e poder ficar com ela.

Análise:

Este sim é um filme de comédia romântica, bem ao estilo paixão escondida, daqueles que um personagem ainda não descobriu seu verdadeiro amor. O grande problema de "O Melhor Amigo da Noiva" é que ele não é engraçado. Em algumas cenas ele até tenta ser descontraído ou algo do gênero, mas o máximo que ele consegue é arrancar algumas risadas bem fracas.
Os dois personagens principais do filme são completamente diferentes. Dois amigos que se conheceram por engano, e mantiveram uma grande amizade durante dez anos. Tom é mulherengo e não se envolve com as mulheres por muito tempo. Conquistador e cheio de regras, tem em sua melhor amiga a maior confidente. Já Hannah é uma mulher divertida e romântica, que sonha em encontrar o homem ideal e se casar. Leva uma vida bem tradicional, e sonha em se manter assim.
Depois de uma viagem a Escócia, Hannah conhece Colin, um Duque da realeza escocesa que parece ser o homem perfeito. Mas ao mesmo tempo que a melhor amiga de Tom se apaixona, ele descobre que alimentava um amor por ela durante todos esses anos, e assim que resolve se declarar ela conta seus planos de casar com Colin.
Em cima dessa história toda a trama acontece, e o filme só não é mais previsível por falta de tempo. Apesar disso ele é divertido, mas não como uma comédia, e sim por suas situações diferentes e pelo carisma do protagonista.
Resumindo, o filme é divertido a seu modo, mas não contém muitas cenas engraçadas. Seu conteúdo tende mais pro lado do romance. Independente de ser bem mediano, o filme não é dos piores.


Nota: 6,0

sábado, 30 de maio de 2009

Quarentena

Quarentena
(Quarantine, 2008)


Direção: John Erick Dowdle
Gênero: Suspense
Duração: 89 minutos
Elenco: Johnathon Schaech, Jennifer Carpenter, Columbus Short, Marin Hinkle, Jay Hernandez, Rade Serbedzija.



Sinopse:

A repórter televisiva Ângela Vidal (Jennifer Carpenter) e seu cameraman estão escalados para passar a noite em uma estação dos bombeiros de Los Angeles. Depois da jornada diária, eles são levados para um pequeno apartamento, onde há gritos vindos de outro local. Eles logo descobrem que uma mulher foi infectada por algo desconhecido e, passado um tempo, eles começam a ser infectados e tentam fugir. Qualquer meio de comunicação para fora do prédio foi cortado e os oficiais não estão relatando as informações dos oficiais. Quando termina o período de quarentena, a única prova do que aconteceu é um vídeo.

Análise:

Mais um filme que usa câmera de mão, daquelas que imitam uma câmera amadora como em "Bruxas de Blair" e "Cloverfield". Mas neste filme ela é menos intensa e incômoda, te dando a oportunidade de assistir o filme com mais gosto e atenção. Apesar de nunca ter sido fã desse tipo de filmagem, em "Quarentena" ela não é das piores.
A trama do filme é bem fraca, contando uma noite aterrorizante que uma repórter e seu cameraman passam junto ao corpo de bombeiros em um prédio infestado por um vírus mortal e altamente contagioso. Mas, mesmo com os acontecimentos não tão interessantes e fora da realidade, as cenas do filme são empolgantes a seu modo.
Baseado no filme espanhol "[REC]", este é uma versão mais hollywoodiana do seu modelo. Mas, sinceramente, o achei praticamente a mesma coisa do outro, que só muda mesmo em alguns detalhes e no idioma.
Em resumo, a história do filme, contada pelas lentes do cameraman da repórter Ângela, começa na academia do corpo de bombeiros, e acaba em um prédio que é o foco de um novo vírus que se parece muito com a raiva. Colocados em quarentena até que se tenha uma solução para o vírus, muitas mortes acontecem dentro do prédio, e o vírus se espalha cada vez mais rápido entre as pessoas que estão presas lá dentro.
"Quarentena não é dos melhores filmes de suspense, mas consegue envolver os expectadores e contar uma história fraca de uma maneira interessante, mesmo sem grandes chamativos. Um filme relativamente bom, que satisfaz a necessidade por um suspense envolvente.


Nota: 6,5

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Réquiem Para Um Sonho

Réquiem Para Um Sonho
(Requiem For a Drem, 2000)


Direção: Darren Aronofsky
Gênero: Drama
Duração: 100 minutos
Elenco: Ellen Burstyn, Jared Leto, Jennifer Connelly, Marlon Wayans, Chris McDonald, Louise Lasser, Keith David, Sean Gullette.



Sinopse:

O filme gira em torno de quatro personagens e os vícios que as afastam de seus sonhos, fazendo com que vivam entre a esperança e o desespero. Harry (Jared Leto) e sua namorada Marion (Jennifer Connelly) são viciados em heroína. Eles têm o sonho de montar uma loja, mas mal conseguem o suficiente para viver. Junto com seu amigo Tyrone (Marlon Wayans), Harry rouba a TV da mãe para conseguir dinheiro, o que já virou rotina. Sua mãe, Sara (Ellen Burstyn), sempre compra uma nova quando a anterior é levada, pois seu vício é justamente assistir TV. A possibilidade de aparecer em seu programa favorito faz com que queira perder peso, o que a leva a tomar remédio para emagrecer, um hábito que logo foge de seu controle e se torna mais um vício.

Análise:

Um filme diferente em sua essência. Tratando de um assunto tão delicado, "Réquiem Para Um Sonho" fala dos vícios de cada pessoa, seja por drogas ou por coisas comuns do dia a dia, como assistir televisão.
Com personagens marcantes, a trama do filme se mostra muito inteligente e diferente. Câmeras oculares, plano dividido na tela, alucinações e um estilo de filmagem bem acelerado. Tudo contribui para que este filme seja bastante incomum em suas cenas.
Cada personagem tem um sonho, e os puxando pra trás estão seus vícios, que os impedem de realizar esses sonhos. A maneira com que são mostrados os resultados dos vícios de cada um são extremamente chocantes e marcantes. E acima de tudo isso, é muito inteligente a maneira com que vemos os vícios como uma coisa comum, que todos estão sujeitos apenas para realizar um sonho.
A mãe do protagonista, Sara Goldfarb, é uma mulher viciada em televisão, abandonada e muito sozinha. Após receber um telefonema a convidando para participar de um programa de televisão, sua vida gira apenas em torno desse acontecimento, e a obsessão para entrar em um antigo vestido vermelho a faz tomar anfetaminas para emagrecer. Este se torna mais um vício para a senhora, que acaba desmoronando sua vida.
Os vícios dos personagens mais jovens implicam em vários tipos de drogas, desde maconha até heroína, e também são responsáveis por impedir que suas vidas continuem de forma natural.
Cadeia, humilhação, prostituição, tudo que se possa imaginar para conseguir drogas os personagens são capazes de fazer. Por isso, o filme é bastante pesado e cru, mostrando de maneira direta e sem rodeios alguns dos efeitos negativos que as drogas e vícios podem causar a alguém.
"Réquiem Para Um Sonho" não é um filme muito comum, e provavelmente não irá agradar a todos. Mas mesmo com sua filmagem incomum, seus personagens a beira do precipício, e uma maneira incômoda e conturbada de mostrar os fatos, o filme garante uma ótima história.


Nota: 8,0

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jogos Mortais 5

Jogos Mortais 5
(Saw V, 2008)


Direção: David Hackl
Gênero: Suspense/Policial
Duração: 92 minutos
Elenco: Julie Benz, Meagan Good, Shawnee Smith, Tobin Bell, Scott Patterson, Costas Mandylor, Betsy Russell.



Sinopse:

Hoffman (Costas Mandylor) é o único sobrevivente que pode dar continuidade ao legado do assassino Jigsaw (Tobin Bell). Para isso ele tenta de todas as formas manter sigilo sobre o fato. Mas quando seu segredo se vê ameaçado, Hoffman não medirá esforços para eliminar aqueles que entram em seu caminho.

Análise:

Sempre achei os filmes da série "Jogos Mortais" muito fracos. Com uma trama muito ruim e excesso de violência. Mas não posso julgar o filme por isso, já que é exatamente essa a intenção dele, chocar pela violência sádica.
Este quinto filme da série consegue ser, de longe, o pior de todos. Com a já tradicional falta de história, este faz uma reconstituição dos últimos dias de vida do assassino Jigsaw, enquanto ele recrutava o agente Hoffman para seguir com seu legado. Então a história deste filme é uma junção das histórias antigas com os últimos acontecimentos se repetindo em outra visão.
Logo no princípio de "Jogos Mortais 5" o expectador já fica sabendo quem é o novo assassino, e por conta disso o suspense por trás do matador deixa de existir. A perseguição começa depois que um outro agente do FBI suspeita da identidade de Hoffman, e começa a juntar peças que o levam até ele.
A trama em si é apenas isto, um agente em busca do outro, enquanto as histórias do passado vão sendo reveladas como flashes do agente Strahm. Paralelo a isso, um novo jogo é montado com cinco pessoas que fizeram algo de errado com as vantagens que tinham na vida. Uma espécie de jogo de estágios, em que sempre um precisa morrer para que todos avancem para a próxima câmara.
Nada salva neste filme. A história nem é preciso comentar, muito ruim mesmo. E as famosas armadilhas de Jigsaw também estão muito inferiores do que as primeiras. O elenco péssimo, e atuações quase amadoras.
Têm certos filmes que realmente não sabem a hora de se aposentar.


Nota: 3,5

Queime Depois de Ler

Queime Depois de Ler
(Burn After Reading, 2008)


Direção: Ethan Coen, Joel Coen
Gênero: Comédia
Duração: 96 minutos
Elenco: Brad Pitt, George Clooney, Tilda Swinton, John Malkovich, Frances McDormand, Richard Jenkins.



Sinopse:

Ao ser demitido por alcoolismo, o veterano da CIA Osborne Cox (John Malkovich) decide escrever um livro revelando segredos do governo. Ao saber disso, sua mulher Katie rouba os arquivos para usar contra ele no processo de divórcio. Acidentalmente, o material cai nas mãos de dois funcionários de uma academia nos subúrbios de Washington, Linda e Chad (Frances McDormand e Brad Pitt). Visando arranjar dinheiro para pagar as cirurgias plásticas que Linda sonha em fazer, eles chantageiam Cox. Para resolver o caso, é contratado o agente Harry Pfarrer, que coincidentemente é amante de Katie e mantém uma relação virtual com Linda.

Análise:

Mais uma vez os irmãos Cohen fazem o que sabem de melhor, investir nos personagens. Depois de algum tempo parados, os grandes atores de "Queime Depois de Ler" voltam com atuações hilárias, interpretando personagens nada convencionais. A trama deste filme é muito boa, e a maneira com que histórias distintas se cruzam no caminho do longa é tão divertida quanto absurda.
Ao resolver se separar do marido, Katie (Tilda Swinton) age de má fé e copia todos os dados do computador de Cox (John Malcovich). Mas, além de seus dados financeiros, ela acaba copiando também suas memórias secretas do tempo em que ele ainda trabalhava na CIA. O cd com as informações acaba parando nas mãos de dois funcionários de uma academia de ginástica, que resolvem chantagear o ex-funcionário do governo.
Os dois chantagistas não são nada normais. Linda (Frances McDormand) é uma mulher insatisfeita com sua vida amorosa e culpa sua aparência por isso. Em consequência disto, ela mantém uma obsessão por cirurgias plásticas, e fará qualquer coisa para consegui-las. Já Chad (Brad Pitt) é um amante de aventuras, e só pensa na recompensa que o cd pode lhe dar, independente de ele não fazer ideia do como agir com o dinheiro. Pronto, a partir daí todos se envolvem no processo da chantagem. As coincidências colocam todos os personagens na mesma história, e o resultado não é nada habitual.
Um humor inteligente e requintado, sem excesso de bobeiras nem banalidades. Toda a comédia gira em torno dos personagens e suas características exaltadas.
"Queime Depois de Ler" é um filme bem interessante, e engraçado na medida certa. Tratando de dinheiro, manias, ganância e traição, ele consegue uma combinação fantástica no contexto da trama, deixando o filme muito bom.


Nota: 7,5

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dragonball Evolution

Dragonball Evolution
(Dragonball Evolution, 2009)


Direção: James Wong
Gênero: Ação/Ficção
Duração: 84 minutos
Elenco: Justin Chatwin, Joon Park, Jamie Chung, Emmy Rossum, James Marsters, Randall Duk Kim.



Sinopse:

A questão de Goku, nada menos que o destino do mundo, começa de forma inocente, no quintal da casa de seu avô Gohan, que treina o jovem em movimentos exóticos das artes marciais. É o aniversário de 18 anos de Goku, e Gohan presenteia o neto com uma esfera do dragão, uma bola pequena com a superfície macia e perolada, porém translúcida e leitosa, de modo a ter profundidade. Quatro estrelas flutuam dentro da bola. Só existem no mundo outras seis iguais a ela, e sabe-se que as sete esferas do dragão juntas garantem a quem as possuir a realização perfeita de um desejo.

Análise:

Nem sei muito o que dizer a respeito desse filme. Decidi assisti-lo por mera curiosidade, já que algumas vezes eu havia visto o desenho. Mas foi uma decepção completa. De certa forma, os produtores conseguiram colocar em um filme de pouco mais de uma hora, uma história contada ao longo de mais de três anos de duração no desenho animado. Daí já podemos imaginar que o resultado não poderia ser dos melhores.
Nunca fui muito fã de Dragonball, mas sei o suficiente para conhecer alguns personagens e a base da história sobre o poder das esferas do dragão. Por isso posso dizer que, mesmo para os fãs mais assíduos do desenho animado, este filme vai ser uma grande decepção. Os personagens fogem de suas características, e Piccolo, o grande vilão verde do desenho, não passa de um "O Máscara" neste filme. Outra coisa que eu não entendi muito bem foi o porque de todos os personagens serem orientais, com excessão do protagonista Goku, que é um legítimo americano na aparência. Isto porque no desenho ele também têm os olhos puxados.
As lutas são muito ruins, e dignas de risos, a história é contada de maneira corrida e sem emoção alguma, além do filme se resumir a poucos personagens da série, contando a história desde o treinamento de Goku, até seu poder mais desenvolvido em pouco tempo. No desenho animado, isto deve ter levado aproximadamente dois anos.
Resumindo, o filme é bastante fraco, sem nenhuma movimentação positiva e com a caracterização ruim. Os personagens não são muito carismáticos, e o filme acaba se afogando em seus próprios erros de contexto. Mas de qualquer maneira, é só aguardar uns anos que este também concorre a próximo filme de Tela Quente.


Nota: 3,0

Mongol

Mongol
(Mongol, 2007)


Direção: Sergei Bodrov
Gênero: Ação/Drama
Duração: 120 minutos
Elenco: Aliya, Tegen Ao, Tadanobu Asano, Ying Bai, Khulan Chuluun, Bao Di, Bayertsetseg Erdenebat, Deng Ba Te Er, You Er.



Sinopse:

Reconstituição dos primeiros anos de vida de Genghis Khan, que foi escravo antes de se tornar um dos maiores conquistadores de todos os tempos. Ele chegou a dominar metade do mundo conhecido até então, incluindo a Rússia no ano de 1206.

Análise:

Mais um filme que retrata a vida do grande conquistador Gengis Khan, e mais um filme que não consegue mostrar com clareza quem realmente foi ele. Mesmo assim, dos três filmes que eu já assisti sobre o assunto, este é o melhor.
Sempre fui muito fã da história de Gengis Khan, anteriormente conhecido por Temugin. Tenho livros e biografias do personagem, que, apesar de não tão popular mundo a fora, chegou a conquistar metade do mundo em sua época, superando de longe Alexandre "O Grande".
Tinha um pouco mais de esperança de "Mongol" ser mais fiel a história do Khan, mostrando suas grandes batalhas e personalidade generosa e impiedosa ao mesmo tempo. Mas, ao contrário do que ele realmente foi, este filme trata de Temugin como um guerreiro piedoso, bondoso e familiar. Tudo bem que o filme conta o princípio da vida do mesmo, desde criança até quando começou a conquistar os territórios da Mongólia. Mas a trama principal deixa de ser o lado conquistador do general, e fica em torno da busca por sua esposa Borte, que na verdadeira história foi apenas uma delas.
Estes são alguns dos defeitos na trama. Apesar de mostrar o personagem como um homem fiel e apaixonado por sua esposa e filhos, não era bem assim. Temugin era um homem de várias mulheres. Possuía várias esposas e não tinha paixão alguma além de suas batalhas e conquistas. Uma outra disparidade é que o Khan e seu exército eram conhecidos pela crueldade e brutalidade nas batalhas, e não por piedade e justiça.
No geral, "Mongol" foge bastante da real história de Gengis Khan, e compacta demais as suas façanhas e batalhas, falando mais do tempo em que foi capturado e escravizado. Portanto, não espere muita ação ou guerras a moda antiga. Com excessão da cena final, em que uma grande batalha acontece, dando uma ideia da veia guerreira e estrategista do general, o resto do filme conta mais sua vida como um drama pessoal.


Nota: 5,0

terça-feira, 26 de maio de 2009

A Lenda de Beowulf

A Lenda de Beowulf
(Beowulf, 2007)


Direção: Robert Zemeckis
Gênero: Animação/Aventura/Ficção
Duração: 113 minutos
Elenco: Ray Winstone, Anthony Hopkins, John Malkovich, Robin Wright Penn, Brendan Gleeson, Crispin Glover, Alison Lohman, Angelina Jolie.



Sinopse:

Inspirado em um antigo poema, o filme conta a história do destemido guerreiro escandinavo Beowulf (Ray Winstone), que precisa defender o reino do monarca Hrothgar (Anthony Hopkins) do feroz demônio Grendel (Crispin Glover). Em uma desesperada batalha, Beowulf acaba matando o monstro, atraindo para si a terrível ira de sua impiedosa e sedutora mãe (Angelina Jolie), que decide vingar sua morte. Anos mais tarde, Beowulf irá se deparar com o maior desafio de sua vida, personificado na figura de um poderoso dragão.

Análise:

Apesar de um elenco pra lá de galático, não se empolgue muito com atuações maravilhosas. Mesmo que nenhum personagem deixe a desejar neste quesito, este é um filme de animação, portanto, as atuações ficam um pouco comprometidas.
O tipo de animação de "Beowulf" é uma espécie de inovação dos produtores, e por isso talvez este filme tenha sido mais uma prova de capacidade do que realmente uma super produção cinematográfica. O modelo de imagem lembra muito o de jogos modernos, com gráficos quase perfeitos, mas que diferem o suficiente da realidade.
Deixando de lado o quesito imagem, vamos falar do filme em si. "A Lenda de Beowulf" é um filme contado em cima de um antigo poema escandinavo, com muita mitologia e fantasia. O protagonista da história segue exatamente esta faixa. Muito seguro de si e um legítimo contador de histórias, Beowulf é um guerreiro que luta através dos mares apenas para ganhar glória e reconhecimento de bravura. Até chegar ao reino de Hrothgar, onde um antigo conhecido de seu pai tem um novo monstro para lhe apresentar. Depois de derrotar o Grendel, ele acaba se envolvendo com a mãe da criatura, que de monstro não tinha nada. Ela promete muita riqueza, glória e um reinado grandioso. Tudo em troca de um novo filho e um tesouro dourado. Angelina Jolie, que interpreta a mãe do Grendel, tem um papel relativamente discreto no filme, mas não menos marcante. Seja pelo ar misterioso da personagem, ou por sua postura sedutora como um ser mitológico.
Através deste contexto a história se desenvolve, mas acaba pecando em muitos quesitos, deixando o filme meio parado muitas vezes, e o transformando em uma grande experiência em pixels, que tenta provar o avanço da tecnologia computadorizada. Se de alguma maneira os produtores tentaram inovar com essas técnicas digitalizadas, a inovação cai por terra quando imaginamos como o filme poderia ser melhor se fosse filmado costumeiramente.
Uma história literalmente épica, com mitos, lutas de espadas e uma batalha contra um dragão que guarda uma surpresa. Uma movimentação interessante, mas com menos ação do que poderia ter para um filme do gênero. Basicamente, "Beowulf" tem apenas duas cenas de ação concretas, e o resto se mantém mais em diálogos e movimentos para mostrar a técnica de filmagem.


Nota: 6,5

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
(Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, 2008)

Direção: Steven Spielberg
Gênero: Aventura/Ação
Duração: 124 minutos
Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Cate Blanchett, Shia LaBeouf, John Hurt, Ray Winstone, Jim Broadbent, Alan Dale.




Sinopse:

Depois de anos tentando reunir a equipe original, vários empecilhos e diversas alterações no misterioso roteiro, o quarto filme da série, protagonizada pelo arqueólogo Indiana Jones (Harrison Ford), está chegando às telonas. Dezenove anos depois do lançamento do último longa, o herói irá se aventurar em 1957, no meio da Guerra Fria, tendo os soviéticos como vilões da história.

Análise:

Depois de tanto tempo sem uma aventura do famoso professor Jones, ele está de volta. Com todos os seus mistérios e enigmas atrás dos maiores e mais escondidos tesouros da humanidade. Mas não neste filme, desta vez ele está atrás de um tesouro além da humanidade.
Qualquer um dos filmes de Indiana Jones é cheio de fantasia, com muitas persguições e manobras impressionantes do protagonista e seus amigos. "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" é exatamente assim também.
Não é um filme pra qualquer pessoa. Os mais críticos, que sempre olham com maus olhos façanhas impossíveis, nem devem tentar assisti-lo, senão a única coisa que vai fazer é reclamar das habilidades fora do comum de Indiana Jones.
O filme é mais um que vêm para satisfazer a vontade do público, relembrando aventuras de personagens enterrados pelo tempo. E mesmo quase duas décadas depois, a série continua com um fôlego de dar inveja, e o professor, mesmo bem mais velho na aparência, continua botando pra quebrar contra os inimigos.
Desta vez, além de seu velho amigo chicote, Jones tem novas companhias. Uma ex-namorada que reaparece depois de décadas, seu companheiro inseparável, e nada confiável, Mac, além de seu filho Mutt, que é a grande surpresa para o próprio protagonista.
A parceria entre a Lucas Films e Steven Spielberg deu bastante certo mais uma vez, construindo um filme digno das antigas aventuras do herói de chapéu e chicote. Mas confesso que para os dias de hoje suas aventuras já não são as mais interessantes, já que se tornaram um pouco batidas depois de tantos filmes que seguiram sua própria linha, como "Em Busca do Tesouro Perdido" e "Tomb Raider".
Infelizmente muitas perguntas ficam sem respostas no filme, e a trama é meio confusa durante um tempo, já que é bem lenta para chegar no ponto principal. Um outro detalhe é que, no desfecho do filme, temos a impressão de que lhe falta um final, já que muitas lacunas ficam indefinidas.
Contudo, se você deixar passar batido alguns fatores bastante improváveis, como formigas gigantes assassinas e tribos escondidas dentro de rochas ocas, sem contar com seres alienígenas, Indiana Jones continua na ativa, mais aventureiro que nunca e cheio de mistérios para desvendar. Alguns que nem ele mesmo acreditava que existissem. Vale a pena conferir para relembrar os filmes do personagem.


Nota: 7,0

Noivas em Guerra

Noivas em Guerra
(Bride Wars, 2009)


Direção: Gary Winick
Gênero: Comédia/Romance
Duração: 89 minutos
Elenco: Anne Hathaway, Kate Hudson, Candice Bergen, Bryan Greenberg, John Pankow.



Sinopse:

Liv (Kate Hudson) e Emma (Anne Hathaway) são melhores amigas desde a infância que ficam noivas ao mesmo tempo. As duas escolhem o mesmo lugar para celebrar o casamento e reservam uma data no Plaza Hotel, em Nova York. Mas por causa de um erro, a data reservada é a mesma e a briga começa para ver qual delas vai conseguir manter os planos do casamento.

Análise:

Não sei se este é um filme ideal para dar risada. As cenas de comédia nem sempre são bem sucedidas, e, apesar do bom elenco, o objetivo do filme não é alcançado completamente.
"Noivas em Guerra" é uma comédia com fundo romântico. Mas não daquelas comédias românticas que um se apaixona pelo outro e vai em banho maria até que os personagens fiquem juntos no final. Não que este filme seja diferente, o final feliz continua lá. Entretanto, este filme trata sobre a amizade entre as duas personagens principais, que acabam deixando esta parte de lado para pensarem somente nos preparativos de seus casamentos, enquanto brigam para ficarem com uma única data disponível no salão do Hotel Plaza.
A grande maioria do tempo, "Noivas em Guerra" não tem a menor graça. Gasta muito contando a história das personagens e definindo suas personalidades. Posteriormente, ainda passa mais tempo mostrando os preparativos dos casamentos e as amigas juntas se ajudando. O filme só começa a tentar ser engraçado depois que as duas brigam para dissuadir a outra da data do casamento, e as confusões e armações começam.
Mesmo assim o longa não ganha muito em qualidade de humor. Continua sendo bastante sem graça e água com açucar. Os relacionamentos vão de mal a pior e até os maridos começam a sofrer as consequências. Mas o modo como uma amiga prega peças na outra acaba não sendo muito eficaz para arrancar risadas do expectador. O final do filme é como o esperado, exceto por um acontecimento que muda o rumo da vida de uma das amigas, mas acaba deixando o filme ainda mais absurdo.
Contando com muitas tentativas de ser engraçado, "Noivas em Guerra" fracassa em ser uma boa comédia romântica, mas continua sendo o típico filme que agrada a muita gente, principalmente as garotas, devido ao assunto e a interação com o universo feminino.


Nota: 5,5

Território Virgem

Território Virgem
(Virgin Territory, 2007)


Direção: David Leland
Gênero: Comédia/Aventura
Duração: 97 minutos
Elenco: Hayden Christensen,Mischa Barton,Tim Roth, Christopher Egan, Matthew Rhys.



Sinopse:

No século XIV, Pampinea é a filha única de uma abastada e respeitada família que, devido à praga, está em ruínas. Gerbino ameaça confiscar sua casa em pagamento às dívidas de seu pai - e depois se oferece para casar-se com ela como alternativa a sua iminente ruína financeira. Pampinea, então, parte em retiro em um convento à espera de seu casamento. Porém, por trás de um véu de freira - e depois de um beijo secreto - ela se apaixona por Lorenzo, que trabalha nos jardins do convento. Lorenzo também se apaixona, mas não sabe quem lhe deu aquele beijo precioso.

Análise:

"Território Virgem" é bastante difícil de definir. Não tem como dizer se ele é uma comédia, uma aventura ou qualquer outra coisa. Pra falar a verdade nem mesmo é fácil dizer que é um filme. Assuntos completamente sem ligação, que são tratados de maneira banal e sem graça.
Um falso padre que narra a história mas não tem nenhum papel importante, uma princesa que vai para um convento esperar seu prometido marido chegar da Rússia, um falso jardineiro que finge ser surdo e mudo, e um monte de freiras taradas que querem fazer sexo o tempo todo.
É bastante estranho ver um filme que se passa na época medieval feito para adolescentes. Pois, mesmo que esse filme faça uma contradição entre a virgindade e a sexualidade, este, definitivamente, é um filme para adolescentes. Imagine que "Território Virgem" é um filme que se encaixa perfeitamente na Sessão da Tarde, mas que nunca irá passar devido ao seu tema impróprio para o horário.
A trama do é muito ruim. Um jovem rapaz que foge da vila onde morava para salvar sua vida e acaba parando em um convento. Chegando lá ele descobre que as freiras são viciadas em sexo e apenas se deixa levar. Coincidentemente, sua amada princesa Pampinea resolve passar uns tempos no mesmo convento, onde descobre sentimentos pelo jovem que já a cortejava há muito tempo. Tudo isso se resume no final com uma luta entre todos os homens que desejam a mão da princesa. Por sinal, uma luta digna de risos.
Só para ser mais exato, este filme parece ser realmente feito para ser ruim. Suas lutas com péssimas coreografias, diálogos sem graça, comédia fracassada e trama de Sessão da Tarde. Tudo isso para mostrar de maneira incoerente a relação entre sexo e virgindade na época medieval, onde as pessoas mal sabiam o que fazer com suas genitálias.
Enfim, não vale nem o tempo que é gasto para assisti-lo.


Nota: 2,0

Anjos da Morte

Anjos da Morte
(The Hamiltons, 2006)


Direção: Mitchell Altieri, Phil Flores
Gênero: Suspense/Drama
Duração: 86 minutos
Elenco: Cory Knauf, Samuel Child, Joseph McKelheer, Mackenzie Firgens, Rebekah Hoyle, Brittany Daniel.




Sinopse:

Os irmãos Hamilton, Francis (Cory Knauf), Wendell (Samuel Child), Darlene (Mackenzie Firgens) e Samantha (Rebekah Hoyle) parecem ser comuns, como qualquer outra família norte-americana, morando numa pequena cidade na Califórnia, lidando com os problemas usuais, ou mesmo os menos usuais, como a recente morte de seus pais. David, o mais velho, assumiu a responsabilidade pela família, enquanto os gêmeos Wendell e Darlene estão agindo de uma forma cada vez mais estranha. O caçula, Francis, descobriu a câmera de vídeo dos pais e é através de seu olhar, por meio dessa filmadora, que descobrimos os elementos perturbadores dos Hamiltons que os classifica como qualquer coisa fora do comum.

Análise:

Este filme tem um grande problema antes de mais nada. Ele deveria ter sido produzido de trás pra frente. O filme conta de forma bastante branda a história de uma família nada comum, que aos poucos vai revelando suas tendências assassinas e cruéis.
Durante muitas vezes o expectador levanta questões sobre que tipo de pessoas são os personagens, mas só mesmo no final descubrimos isso.
O irmão mais novo, Francis, vive com uma câmera de vídeo, filmando sua rotina e do resto da família. Por essas filmagens do garoto, muitas características são reveladas e sua cabeça transtornada vai ficando mais nítida.
No geral eu não gostei muito do filme, mostra o tempo todo a vida da família Hamilton, que seduz as pessoas para depois matá-las em uma mesa de cirurgia improvisada. Tudo isso com o entorno dos problemas internos da família.
Apenas no final do filme o expectador descobre de quem realmente o filme trata, deixando um contraste interessante entre os personagens e o modo que eles são retratados, de forma mais humanizada e com emoções. Infelizmente tais surpresas são guardadas muito para o final, e fica ultrapassada, depois de muito tempo de um filme morno.
A trama é bastante interessante, mas perde muito em qualidade pela forma em que é apresentada. Tenho a impressão que os produtores tentaram fazer o maior suspense possível para revelar a verdadeira identidade da família Hamilton, o que funcionou de certa forma, já que o filme se mostra bastante tenso e incômodo. Entretanto, a falta de variação na história, unida a uma tentativa fraca de dar uma veia dramática para o protagonista, tornam o filme cansativo.
Resumindo, "Anjos da Morte" tem uma boa trama, mas uma sequência ruim, e por isso não é tão bom filme quanto poderia ser.


Nota: 6,5

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Conspiração

Conspiração
(Conspiracy, 2008)


Direção: Adam Marcus
Gênero: Ação/Drama
Duração: 90 minutos
Elenco: Val Kilmer, Gary Cole,Jennifer Esposito, Jay Jablonski, Greg Serano.



Sinopse:

Val Kilmer estrela ao lado de Jennifer Esposito (Crash) e Gary Cole (Como Enlouquecer Seu Chefe) neste filme de ação e drama sobre um ex-fuzileiro que leva justiça a uma pequena cidade da fronteira. Após ser ferido durante combates no Iraque, MacPherson (Kilmer) aceita com relutância o convite para se juntar a um amigo soldado em seu rancho no Arizona. Mas quando MacPherson chega ao lugar, seu amigo havia desaparecido misteriosamente e ninguém admite conhecê-lo. Quando ele descobre que uma empresa está trabalhando de todos os modos possíveis com imigrantes ilegais, MacPherson decide descobrir a verdade e nada o deterá até que os envolvidos sejam punidos.

Análise:

Mas que decepção. Eu sempre fui tão fã dos filmes de Val Kilmer que nunca poderia esperar um filme tão ruim estrelado por ele. Só pra começar este é um daqueles filmes de ação mal produzidos e de baixo orçamento. Cenário ruim, trama fraca e movimentação solta, sem muito sentido nas ações dos personagens.
Somente a nível de comparação, este filme me lembrou demais os filmes de Dolph Lundgren, bem ao estilo Domingo Maior. Uma mistura de velho oeste com uma conspiração assassina para deter a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Tudo para satisfazer a obsessão doentia do dono de uma grande companhia de armas.
Tudo é bem sem sentido, e um filme que começa dando a impressão de ser extremamente movimentado torna-se parado e confuso. Os reais motivos que levam o personagem a ir para o Arizona atrás de seu amigo não são claramente revelados, já que ele sempre se negava a sair de sua vida miserável ao lado de prostitutas. Suas lembranças de guerra se tornaram um trauma que o impedia de tomar qualquer atitude violenta, mas isso também foi resolvido com uma simples fita de vídeo. E para completar, o personagem é quase como um super-herói, que aparece do nada na frente das pessoas sem que elas percebam. Tudo isso com o agravante que ele usa uma perna mecânica. Realmente impressionante.
Mas os maiores problemas de "Conspiração" vão além de sua ação que não empolga e suas técnicas baratas de produção. O pior de tudo é o contexto, a junção de tudo isso com uma trama ruim e solta. Por isso estou bastante decepcionado com Val Kilmer. Um ator que já realizou filmes fantásticos se entregou a uma obra medíocre do cinema barato.


Nota: 3,5

Sex Drive - Rumo ao Sexo

Sex Drive - Rumo ao Sexo
(Sex Drive, 2008)


Direção: Sean Anders
Gênero: Comédia
Duração: 122 minutos
Elenco: Seth Green, James Marsden, Katrina Bowden, Amanda Crew, Alice Greczyn, Michael Cudlitz.



Sinopse:

Aos 18 anos, Ian Lafferty está sofrendo com seu último verão antes da faculdade. Ele é zombado por seu arrogante irmão mais velho, Rex, humilhado pelas conquistas amorosas do seu irmão mais novo e satirizado em seu trabalho em que se veste de rosquinha num Shopping Center. Mas seu maior problema é outro: ele está prestes a entrar na faculdade e continua virgem. Ian está determinado a mudar isso antes de se tornar oficialmente um calouro e seu amigo conquistador, Lance, está disposto a ajudá-lo.

Análise:

Este filme é realmente muito bobo. A busca por sexo do personagem principal faz com que ele e seus amigos caiam em incontáveis roubadas, literalmente falando.
Ian conhece uma garota pela internet, que promete fazer tudo que ele quiser caso vá encontrá-la. A partir daí começa sua longa viagem em busca de sua primeira noite de sexo. Acompanhado de seus melhores amigos, Lance e Felicia, eles encontram pessoas bem diferentes pelo caminho, e se envolvem nas mais variadas confusões.
O grande problema de "Sex Drive" é que, apesar de muitas situações complicadas, as cenas não são muito engraçadas, e a obsessão por sexo dos personagens faz do filme muito banalizado e bobo. Tudo visto com outros olhos pela melhor amiga Felicia, que mantém uma paixão secreta por Lance, enquanto Ian mantém por ela. Tudo isso já é bastante batido e visado no cinema, e tenho certeza que cada um sabe o que acontece no final.
Apesar de muitas tentativas para fazer das cenas engraçadas, ou no mínimo divertidas, os diálogos que falam de pinto, vagina e bunda o tempo todo comprometem essa meta. Sem contar com atuações dignas de "Malhação" dos personagens quase mirins.
Não fosse por uma única cena no final do filme, quando o irmão mais velho de Ian cai da moto, "Sex Drive" não teria uma única parte em que eu desse uma boa gargalhada. Realmente é um risco muito grande a se correr, e provavelmente um filme que poucos irão gostar.


Nota: 2,5

Rambo IV

Rambo IV
(Rambo, 2008)


Direção: Sylvester Stallone
Gênero: Ação
Duração: 91 minutos
Elenco: Sylvester Stallone, Julie Benz, Matthew Marsden, Graham McTavish, Reynaldo Gallegos.



Sinopse:

John Rambo se recolheu no norte da Tailândia, onde pilota um barco no rio Salween. Na fronteira com a Birmânia, a mais longa guerra civil acontece entre birmaneses e a tribo karen, um conflito de quase 60 anos. Mas Rambo tem uma vida simples e solitária nas montanhas e selvas e há muito tempo desistiu de lutar. Até que um grupo de missionários de direitos humanos o procura pedindo sua ajuda. O grupo logo é capturado, e um pastor contrata um grupo de mercenários para resgatá-los. Apesar de ter sido um soldado treinado para matar, Rambo reluta em se envolver em conflitos violentos após tanto tempo. Suas feridas cicatrizaram, mas ainda estão visíveis.

Análise:

Foi com grande estilo que Rambo voltou as telas. Apesar da aparência visivelmente mais velha do que no último filme, Stallone ainda mantém um ritmo de ação frenético em seus filmes. O conflito interno do ex-soldado assassino tenta ser um pano de fundo para dar mais contexto ao filme, mas as feridas de Rambo, e sua relutância em voltar a lutar não representam praticamente nada diante da ação disparada do filme.
Sou meio suspeito pra falar, pois sempre gostei dos filme do Rambo. Desde criança que tinha ele como meu ídolo e herói. O soldado solitário e sem nenhuma expressão no rosto, com uma frieza fora do normal rendia filmes de ação grandiosos. E ainda hoje rende, "Rambo IV" é pura ação, tiros, guerra e violência. Nada mais que isso, mas com adrenalina pura.
Não da pra falar muita coisa da trama deste filme, já que ela é muito fraca e sem expansão, mas a intenção de Stallone ao dirigi-lo era exatamente lembrar os velhos tempos do soldado sem nada a perder. Impressionante é que, qualquer outro filme que fosse matança do começo ao fim, com guerra e tiros o tempo todo, não seria tão bom. Provavelmente iria deixar muito a desejar no contexto, mas Rambo não é um personagem qualquer, ele é um ícone do cinema de ação, e por isso não seria melhor se a história tivesse muitos complementos além da matança e da guerra.
Com excessão de "Rambo - Programado Para Matar", quando o personagem foi apresentado ao mundo, e por isso a ação foi um pouco menos intensa, todos os outros filmes do herói são extremamente movimentados. "Rambo IV" lembra muito o segundo filme da série, quando ele foi mandado para a guerra do Vietnam e matou praticamente todo mundo. Nesse filme ele também mata quase todos.
Para quem gosta do personagem, ou de filmes com muita matança e ação desenfreada, este filme satisfaz qualquer fã. Contando com muitos tiros, explosões, e uma equipe de mercenários no apoio do protagonista, o filme é bastante pesado em suas mortes, mas com uma qualidade tremenda no nível de movimentação.


Nota: 8,0

sábado, 23 de maio de 2009

O Guru do Amor

O Guru do Amor
(The Love Guru, 2008)


Direção: Marco Schnabel
Gênero: Comédia
Duração: 87 minutos
Elenco: Mike Myers, Jessica Alba, Justin Timberlake, Romany Malco, Ben Kingsley, Verne Troyer.



Sinopse:

Mike Myers está de volta como Austin Powers, seu mais hilariante personagem, e desta vez trabalhando seu estilo mojo Kama Sutra, como o chocante Guru Pitka! Disputando o título de melhor guru de auto-ajuda do mundo, Pitka tem que ajudar um astro jogador de hóquei a reconquistar sua esposa que está com o atleta rival Jacques "Le Coq" Grande e, além disso, a ganhar a Copa Stanley. Será que a cômica intervenção cármica de Pitka vai ser suficiente para transformar esse time perdedor em campeão?

Análise:

Este é mais um filme bem ao estilo Mike Myers de fazer comédia. Com todas as suas caretas e piadas internas, suas caras de bobo e pinta de idiota. Lembra muito os antigos filmes de Austin Powers, só que com outra capa, de um guru indiano metido a sabidão.
Bom, em se tratando de Mike Myers já da pra imaginar o estilo de comédia que temos, bastante bobeiras e trocadilhos, que nem sempre são entendíveis, já que são feitos com palavras em inglês. Apesar disso, o filme não se limita apenas a atuação de Myers e suas piadas infames, os personagens do filme têm suas comédias próprias, e cada um é engraçado do seu jeito.
O filme conta muitas besteiras sexuais e desbocadas, mas sem exagerar demais nas vulgaridades. Este também não é o único tipo de humor presente em "O Guru do Amor". Muitas cenas hilárias, que brincam com os defeitos dos personagens, e outras que simplesmente são engraçadas por natureza, estão presentes no filme.
A narrativa feita algumas vezes por Morgan Freeman fica bem diferente, e os efeitos de computador para deixar alguns personagens com um cabeção ou narigão são estranhos e divertidos ao mesmo tempo.
Sinceramente eu achei este filme bem melhor que os famosos "Austin Powers" de Myers, mas é claro que isso vai de cada um. Dessa forma, recomendo "O Guru do Amor" como uma boa comédia, meio boba, mas legal. Se você for uma pessoa muito recatada é melhor não arriscar, mas do contrário, é garantia de boas risadas.


Nota: 7,5

Dia dos Namorados Macabro

Dia dos Namorados Macabro
(My Bloody Valentine, 2009)


Direção: Patrick Lussier
Gênero: Terror
Duração: 101 minutos
Elenco: Jensen Ackles, Jaime King, Kerr Smith, Edi Gathegi, Andrew Larson.



Sinopse:

Tom (Jensen Ackles) volta à sua cidade natal dez anos após o massacre do Dia dos Namorados, quando 22 pessoas foram assassinadas. Em sua volta, o protagonista acaba sendo o principal suspeito do massacre. Poucos acreditam em sua inocência, entre eles uma antiga paixão, Sarah Palmer (Jaime King), que está disposta a ajudá-lo.

Análise:

Infelizmente este é um filme que me fez perder tempo. Ruim, sem graça, e além de tudo não consegue imprimir reação alguma de medo ou tensão. Nem ao menos uns sustinhos pra falar a verdade.
"Dia dos Namorados Macabro" conta a história de um mineiro (e este não nasceu em Minas Gerais) humilhado por seus colegas de trabalho, que acaba se transformando em um assassino frio e matando mais de vinte pessoas no dia dos namorados.
Dez anos depois, um dos sobreviventes do massacre volta a cidade para vender a mina que era do seu pai, mas junto com ele, estranhas mortes voltam a acontecer, relembrando os antigos episódios do matador.
O filme é só matança, morte pra todos os lados. E além disso são mortes bem pesadas, com muito sangue e corações em bandejas. Apesar do que, na maioria das vezes, os efeitos de computador são muito nítidos e toscos nas cenas em questão, e deixam o filme engraçado pela falta de qualidade dos efeitos. Por essas e outras este filme é tão ruim. A trama praticamente não existe, e apesar de o vilão da história usar uma roupa meio sinistra, e fazer um som de respiração ofegante igualmente tenso, ele não consegue uma marca registrada, e nem uma característica que o faça ser único. A trilha sonora ainda salva um pouco, e deixa as cenas menos ruins do que seriam normalmente.
O longa também deixa muitas perguntas sem respostas. Policiais que chegam para prender o vilão do nada, sem mesmo saber que ele estava naquele lugar, aparições dignas de "The Flash", que fazem o personagem ir de uma porta para uma janela em dois segundos, e mais uma série de acontecimentos questionáveis.
O final tenta ser surpreendente, mas mostra novamente a falta de criatividade dos produtores, além de ultrapassar os limites do bom senso do expectador. Por vários motivos digo que não vale a pena mesmo assistir este filme.


Nota: 4,0

Os Estragos de Sábado a Noite

Os Estragos de Sábado a Noite
(A Night At The Roxbury, 1998)


Direção: John Fortenberry, Peter Markle
Gênero: Comédia
Duração: 82 minutos
Elenco: Chris Kattan, Will Ferrell, Molly Shannon, Loni Anderson, Jennifer Coolidge, Michael M. Horton.



Sinopse:

Obcecados por moda, os irmãos Butabi não passam de rapazes equivocados. Com terninhos extravagantes, correntes de ouro e costeletas, os dois têm certeza que estão arrasando e podem ir a qualquer lugar badalado. Puro engano. Nem mesmo os seguranças das casas noturnas da cidade os respeitam.

Análise:

Definitivamente eu sou fã das comédias dos anos 90. Acho que o humor daquela época era mais crú e real. Hoje em dia tudo foi banalizado, e custo para encontrar um bom filme que me faça dar risada. Este é um filme que une tudo de essencial em uma boa comédia, e faz dela uma comédia de rir o tempo todo. Confesso que não é um filme que se acha em qualquer locadora, mas vale a pena se esforçar um pouco.
Todos os personagens de "Os Estragos de Sábado a Noite" têm características marcantes e engraçadas. Os protagonistas são dois filhinhos de papai, metidos a galanteadores e populares na badalada noite da cidade. O pai é um louco revoltado, que xinga os filhos o tempo todo pela falta de responsabilidades de ambos. A mãe, uma viciada em cirurgias plásticas que está alheia a tudo e a todos, e só se importa com sua aparência. Fora os outros personagens, que são a encarnação de suas características de forma exagerada e nítida.
O filme tem uma união perfeita entre as cenas, os personagens, o vestuário e as músicas. Pra quem gosta das músicas dançantes dos anos 90 então, é um prato cheio de saudosismo, empolgação e bom humor.
As personalidades birrentas e infantis dos irmãos Buttabi os deixam ainda mais hilários, sem contar com suas coreografias desengonçadas e seus egos inflados, mesmo que o mundo não permita isso. Uma atuação muito engraçada de Chris Kattan e Will Ferrel, que pra mim, ainda não superou seu papel nesse filme.
Muitas pessoas podem não gostar do filme por achá-lo muito bobo. Ele realmente é, porém, de uma forma diferente, sem palavrões ou banalidades. A grande graça do filme é ver os irmãos Buttabi se dando mal e mesmo assim continuarem se achando o máximo. Muito bom mesmo.
Definindo então, um filme bastante bobo, mas que consegue arrancar risadas em alto estilo com seu humor de discoteca, cantadas baratas e egos inflados ao máximo.


Nota: 8,5

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Juno

Juno
(Juno, 2007)


Direção: Jason Reitman
Gênero: Drama/Comédia
Duração: 96 minutos
Elenco: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons.



Sinopse:

Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente confiante e honesta que toma as rédeas de sua vida de uma forma calma e despreocupada ao embarcar em uma emocionante aventura de nove meses a caminho da vida adulta. Esperta e muito peculiar, Juno tem seu próprio ritmo, mas por trás de seu exterior durão, existe uma garota que simplesmente tenta entender as coisas. Até que uma típica tarde entediante torna-se uma aventura quando ela decide transar com o charmoso e discreto Bleeker (Michael Cera). Quando descobre que ficou grávida, Juno bola um plano para encontrar os pais perfeitos para o futuro bebê.

Análise:

A princípio todos imaginam que um filme que trata de gravidez na adolescência vai ser polêmico e debatível, cheio de problemas e questões sociais e culturais. O grande potencial deste filme é que ele consegue tratar um tema tão complicado como esse sem nenhuma das previsões acima. É claro que questões sociais e culturais estão presentes, pois seria impossível não tratar desse assuntos, mas em "Juno", estes problemas são tratados de forma singela e delicada, sem sensacionalismo barato.
A gravidez inesperada da adolescente mostra uma postura cultural diferente no começo. Como a protagonista se considera muito imatura para ter um bebê, ela decide doá-lo para um casal, e a adoção se mostra completamente diferente da forma como é realizada no Brasil, com todos os seus impecílios e burocracias.
Os personagens do filme também são bastante cativantes e divertidos. Juno, com todo o seu jeito esquisitão, até meio masculinizado, diverte os expectadores com seu vocabulário alternativo e sua maneira direta de ser.
Não existe nenhum outro assunto paralelo tratado no filme, ele é exatamente sobre a forma como a garota lida com sua gravidez. A certeza de que não está preparada para ser mãe a faz não contestar se realmente quer doar a criança, mas sem perder a forma perfeccionista de escolher e avaliar os futuros pais.
De uma maneira simples e delicada, "Juno" faz um alerta social, através de um filme divertido, cativante e bastante diferente do convencional.


Nota: 7,5

Guerra S.A. - Faturando Alto

Guerra S.A. - Faturando Alto
(War Inc., 2008)


Direção: Joshua Seftel
Gênero: Comédia/Ação
Duração: 107 minutos
Elenco: John Cusack, Joan Cusack, Marisa Tomei, Hilary Duff, Ben Kingsley, Dan Aykroyd.



Sinopse:

Em se tratando de guerra a Tamerlane faz qualquer negócio. No pós-guerra que devastou o país do Turquistão a Tamerlane chega com seus produtos e serviços para reerguer a economia local. Mas existe um obstáculo no caminho, uma empresa concorrente. Surge então Hauser (John Cusack), um assassino por encomenda totalmente desequilibrado. Sua missão: acabar com a concorrência. Seu disfarce: produtor de eventos. Só que tudo muda quando, além de uma crise de consciência, seu caminho cruza com o da frustrada repórter Natalie (Marisa Tomei) e com a pop star árabe Yonica Babyyeah (Hilary Duff).

Análise:

Sinceramente, penso que este filme deve ser muito engraçado para os americanos. Engraçado ou revoltante. "Guerra S.A." é uma clara brincadeira com o estilo de vida dominador e conquistador dos Estados Unidos. Com muitas sátiras, sarcasmo constante e um humor negro pesado, este filme realmente brinca de uma forma diferente com as guerras em que os ianques participam de modo geral. O grande problema é que o contexto cultural do filme é muito predominante, inclusive no humor. Então, se você não está tão familiarizado com a posição cultural dos americanos, dificilmente vai achar muita graça deste filme. E foi exatamente o que aconteceu no meu caso.
Algumas das cenas são bastante divertidas, um país em guerra rodeado de marcas e brands das mais famosas dos Estados Unidos deixam engraçados os estabelecimentos e lojas do filme. É só imaginar uma rua onde bombas explodem o tempo todo, em que as faixadas das lojas vão desde Coca-Cola até a marca de guitarras Gibson.
Entretanto, além deste contexto de humor sarcástico com a cultura americana, o filme não oferece boas risadas nem nada. Acho, inclusive, que em diversas vezes que eu deveria dar uma risada eu não dei, exatamente por não entender muito bem o contexto da piada.
Fora isto, o filme conta a história de um homem que vai para a guerra com a missão de matar a concorrência das empresas americanas, que querem dominar o mercado pós-guerra, mas acaba se envolvendo demais com algumas pessoas e entrando em crise de consciência. O que muda todo o trajeto de suas ações.
Resumindo, provavelmente este filme deve ser divertido para quem esta bem familiarizado com as piadas e sátiras culturais, principalmente pela maneira bem humorada que mostra um país em guerra, sem mortes ou sofrimento. Mas, em compensação, dificulta o entendimento de quem não está tão por dentro dos assuntos em questão, e apresenta um estilo de humor diferente e meio sem graça para o estilo brasileiro de rir.


Nota: 6,0