O Escafandro e a Borboleta
(Le Scaphandre et le Papillon, 2007)
Direção: Julian Schnabel
Gênero: Drama
Duração: 112 minutos
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Max von Sydow, Anne Consigny.
Sinopse:
Jean-Dominique Bauby tem 43 anos, é editor da revista Elle, e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória. Baseado no livro de Jean-Dominique Bauby. Prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes 2007.
Análise:
Realmente uma obra de arte do cinema. Um filme com muita personalidade e sutilidade, que trata de um problema sério, provando uma superação praticamente impossível, através da arte.
A história de Jean-Dominique Bauby é extremamente emocionante. Um homem que sempre teve uma vida movimentada e cheia de energia. Muitas viagens, esportes e muitas mulheres. Tudo isso interrompido subitamente depois de um ataque vascular cerebral. De uma hora para outra, o personagem acorda em uma cama de hospital respirando por aparelhos e com todos os músculos do corpo paralisados.
Depois de um começo difícil, com uma adaptação lenta e gradativa, onde muitas vezes Bauby não tinha vontade de viver, ele começa a buscar refúgios dentro de sua imaginação. Sem poder movimentar o corpo ou expressar feições, sua única forma de comunicação é através de um sistema de letras desenvolvido por sua fisioterapeuta, no qual ele pisca quando ela dita a letra correta.
O título é uma referência aos dois estados constantes do personagem. O escafandro é o que o prende em seu corpo imóvel e o limita a fazer qualquer movimento. Já a borboleta é a sua imaginação, que pode levá-lo a todos os lugares que ele imaginar como num bater de asas.
O filme é realmente muito belo, singelo e sutil, contando uma grande história de superação em um drama pessoal. Pode não ser adequado para todos, já que é inegável que o filme seja muito parado e repetitivo, atributos necessários para a recuperação do personagem. Mas mesmo assim vale por sua mensagem e forma de expor os fatos.
Baseado em fatos reais, "O Escafandro e a Borboleta" é um conto sobre a vida e as várias maneiras de vivê-la. Um filme muito bom.
Nota: 7,5
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