Onde Vivem os Monstros

Onde Vivem os Monstros
(Where The Wild Things Are, 2009)



Direção: Spike Jonze
Gênero: Drama/Aventura/Fantasia
Duração: 101 minutos
Elenco: Forest Whitaker, Catherine Keener, Paul Dano, James Gandolfini.



Sinopse:

Max (Max Records) é um garoto travesso mandado de castigo para seu quarto depois de desobedecer a mãe. Porém, a imaginação do menino está livre e o transporta para um reino desconhecido. Encantado, Max parte para a terra dos Monstros Selvagens, onde Max é o rei.

Análise:

Este é um filme que vai muito além da imaginação de uma criança. "Onde Vivem os Monstros" é um filme de fantasia, que conta a história de um garoto de 10 anos que se sente muito deslocado dentro de sua própria casa. Buscando maneiras de sorrir e ganhar atenção das pessoas, Max faz de tudo para conseguir que sua família fique junto a ele.
Pra quem acha que o filme é infantil, a questão é exatamente ao contrário. De uma forma bastante lúdica e dramática, uma simples história infantil se mostra altamente complexa e aprofundada, envolvendo na trama a imaginação e os sentimentos de uma criança.
O sentimento de abandono de Max o faz buscar no fundo de sua imaginação um mundo onde ele é o próprio rei, e as coisas funcionam da maneira que ele deseja. Seus novos amigos são como ele sempre imaginou, e agem da maneira que ele gostaria que fosse. Mas mesmo assim as dúvidas e receios de uma criança falam mais alto quando a solidão, o medo e saudade batem.
O filme tem uma essência bastante pura, com personagens criativos e diferentes, e com diálogos simples, porém profundos. Não é um filme que agrada a todos, principalmente por seu caráter alternativo e incomum, mas é um filme muito bonito e tocante, que fala de amizade, sentimentos e sensações de uma maneira muito singela e pura.
Recomendo o filme para quem é livre de preconceitos, pois a trama e os personagens são realmente diferentes. Pra quem gosta de um bom filme reflexivo, vale à pena conferir.


Nota: 7,0

Dupla Implacável

Dupla Implacável
(From Paris, With Love, 2010)


Direção: Pierre Morel
Gênero: Ação
Duração: 92 minutos
Elenco: John Travolta, Jonathan Rhys Meyers, Kasia Smutniak, Amber Rose Revah.



Sinopse:

A vontade de um agente do governo norte-americano de brilhar além das sombras da sua profissão se torna realidade quando ele está lado a lado com seu novo parceiro, o agente Wax. Quando os dois estão em Paris em uma missão antiterrorista, o nosso jovem agente descobre que a pior arma pode ser a que mais amamos.

Análise:

O mais recente filme de John Travolta faz seu papel, mas sem chamar muito a atenção. Contando a história de um jovem assessor do governo, que deseja se tornar um agente secreto, ele acaba se envolvendo em uma missão de alto risco para conseguir o emprego que tanto deseja. É ai que ele conhece o agente Wax, extremamente impulsivo e explosivo, nada do que ele realmente imaginava. Os dois se tornam parceiros em uma missão para desmantelar uma quadrilha de narcotraficantes, e Reece se envolve em mais problemas do que poderia imaginar.
Como uma dosagem de ação considerável, Dupla Implacável é um bom filme para se assistir, mas desde que não se espere muita coisa além de um bom filme de ação. Com algumas partes mal explicadas, e com o andamento da trama um pouco desconectada, o filme se excede algumas vezes, e acaba pecando por muitos exageros. Mesmo assim ainda conta com cenas empolgantes. Tiroteios e perseguições são suas marcas registradas, e o andamento da trama vai levando a história para um desfecho diferente do imaginado.
Falando em desfecho, esse é mais um detalhe que poderia ter sido mais bem explorado pelo roteiro. O modo como o filme muda sua trajetória deixa a história mais interessante, mas logo que isso acontece os momentos terminam.
Em si, Dupla Implacável é um bom filme de ação. Não tem nada demais que o possa tornar imperdível, mas também não desaponta no geral. Pra os que gostam de chuva de balas, muitas perseguições e ação, o filme pode oferecer bastante disso, mas deixa bastante a desejar em seu roteiro, com muitos furos na trama e oportunidades mal exploradas.


Nota: 7,0